"Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os erros dos anos velhos".
Luís de Camões
Frase tão antiga...
A humanidade é tão previsível,
que, mesmo após quinhentos anos, ainda
consegue repetir os erros do passado...
Confesso! Não sei se este ano foi bom ou ruim...
Só sei que foi um ano inusitado...
Quantas informações novas,
Quantas pessoas eu conheci, ou melhor,
"concebi", porque passei a senti-las de verdade.
Quantas pessoas eu perdi! Não... se dissiparam
da minha vida, pois em verdade nunca as conheci.
Quantos ganhos e perdas...
Quantas perdas com ganhos...
Fazendo o balanço de final de ano,
de certa forma, o saldo foi positivo.
S.B.
Este blog se destina a compartilhar cultura e conhecimento através da interação e do aprendizado mútuo.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar elo seu interior) novo, espontâneo,
que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come,
se passeia, se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade,
recompensa, justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila
e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
sábado, 22 de dezembro de 2007
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
"Sê"
Se não puderes ser um pinheiro,no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser uma ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
Seja o melhor que puder,
Que o melhor receberá!
Pois não há mal algum que
modifique nossa essência!"
Oi "Hanson"... adorei suas palavras,
mas vc não deixou e-mail, nem o endereço
do seu blog para contato...
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser uma ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
Seja o melhor que puder,
Que o melhor receberá!
Pois não há mal algum que
modifique nossa essência!"
Oi "Hanson"... adorei suas palavras,
mas vc não deixou e-mail, nem o endereço
do seu blog para contato...
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Não Nos Contaram
Hoje é o momento ideal pra falar de sacanagem.
Mas nada de ménage à trois, sexo selvagem e práticas perversas, sinto muito.
Pretendo, sim, é falar das sacanagens que fizeram com a gente.
Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não nos contaram que amor não é acionado nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação.
Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, nem contaram que ninguém vai contar.
Cada um vai ter que descobrir sozinho.
E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz se apaixonar por alguém.
Martha Medeiros
Mas nada de ménage à trois, sexo selvagem e práticas perversas, sinto muito.
Pretendo, sim, é falar das sacanagens que fizeram com a gente.
Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não nos contaram que amor não é acionado nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação.
Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, nem contaram que ninguém vai contar.
Cada um vai ter que descobrir sozinho.
E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz se apaixonar por alguém.
Martha Medeiros
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
ESCONDIDINHO
Cresci e já não acredito mais em sonhos.
Como pude esquecer meus sonhos de criança, onde a imaginação era soberana?
Passou-se o tempo, a imaginação e a inquietude da juventude perderam-se ao longo da rotina da vida.
Mas não! Os sonhos ainda estavam ali, bem escondidinhos no meu coração, vivendo dentro de mim.
Sempre acreditei que seria possível e esta crença me permitiu sonhar, desejar e realizar.
Talvez a realização do meu sonho tenha demorado um pouco, mas a vida e a maturidade me ensinaram a ter paciência e perseverança.
Então, diante desta conquista tão sonhada, só posso neste momento sorrir e pular de alegria, tal como aquela criança do passado, com a certeza de que sou FELIZ!
Sbonini.
Este pequeno trecho eu escrevi para a mãe de uma amiga...
Que realizou o grande sonho de se formar enfermeira, já na idade "madura"...
Penso que nunca devemos deixar de sonhar...
Não há época certa ou o momento exato!!!!
A única certeza... são os sonhos...
Estes são certos e nos impulsionam!!!
Que lindo exemplo...
Como pude esquecer meus sonhos de criança, onde a imaginação era soberana?
Passou-se o tempo, a imaginação e a inquietude da juventude perderam-se ao longo da rotina da vida.
Mas não! Os sonhos ainda estavam ali, bem escondidinhos no meu coração, vivendo dentro de mim.
Sempre acreditei que seria possível e esta crença me permitiu sonhar, desejar e realizar.
Talvez a realização do meu sonho tenha demorado um pouco, mas a vida e a maturidade me ensinaram a ter paciência e perseverança.
Então, diante desta conquista tão sonhada, só posso neste momento sorrir e pular de alegria, tal como aquela criança do passado, com a certeza de que sou FELIZ!
Sbonini.
Este pequeno trecho eu escrevi para a mãe de uma amiga...
Que realizou o grande sonho de se formar enfermeira, já na idade "madura"...
Penso que nunca devemos deixar de sonhar...
Não há época certa ou o momento exato!!!!
A única certeza... são os sonhos...
Estes são certos e nos impulsionam!!!
Que lindo exemplo...
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
ALÉM DA TERRA, ALÉM DO CÉU
Além da Terra, além do Céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramática
se do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
domingo, 16 de dezembro de 2007
Afinidade
A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples
e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos
fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Só entra em relação rica e saudável com o outro,
quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,
não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita
o outro como ele é.
Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a (in)fluência.
Questionamento de não afins, eis a guerra.
A afinidade não precisa do amor.
Pode existir com ou sem ele.
Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,
por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.
Há afinidade com pessoas de outros continentes
a quem nunca vemos,veremos ou falaremos.
Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem
para buscar sintomas com pessoas distantes,
com amigos a quem não vemos, com amores latentes,
com irmãos do não vivido?
A afinidade é singular, discreta e independente,
porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu
o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação
exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas
nem pelas pessoas que as tem.
Por prescindir do tempo e ser a ele superior,
a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades
ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,
para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade.
É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.
Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau,
porque o que define a afinidade é a sua existência também depois.
Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois
encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir
restituir o clima afetivo de antes,
é alguém com quem a afinidade foi temporária.
E afinidade real não é temporária. É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta,
ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.
A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas,
plantios de resultado diverso.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças,
é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quantos das impossibilidades vividas.
Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou,
sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,
a expressão do outro sob a forma ampliada e
refletida do eu individual aprimorado.
Arthur da Távola
delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples
e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos
fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Só entra em relação rica e saudável com o outro,
quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,
não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita
o outro como ele é.
Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a (in)fluência.
Questionamento de não afins, eis a guerra.
A afinidade não precisa do amor.
Pode existir com ou sem ele.
Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,
por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.
Há afinidade com pessoas de outros continentes
a quem nunca vemos,veremos ou falaremos.
Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem
para buscar sintomas com pessoas distantes,
com amigos a quem não vemos, com amores latentes,
com irmãos do não vivido?
A afinidade é singular, discreta e independente,
porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu
o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação
exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas
nem pelas pessoas que as tem.
Por prescindir do tempo e ser a ele superior,
a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades
ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,
para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade.
É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.
Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau,
porque o que define a afinidade é a sua existência também depois.
Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois
encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir
restituir o clima afetivo de antes,
é alguém com quem a afinidade foi temporária.
E afinidade real não é temporária. É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta,
ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.
A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas,
plantios de resultado diverso.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças,
é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quantos das impossibilidades vividas.
Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou,
sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,
a expressão do outro sob a forma ampliada e
refletida do eu individual aprimorado.
Arthur da Távola
sábado, 15 de dezembro de 2007
TRADUZIR-SE
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
Ferreira Gullar
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
Ferreira Gullar
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
ENTRE AMIGOS (12 de abril de 1999)
Para que serve um amigo?
Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra.
Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.
Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar.
Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Verdade verdadeira.
Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído.
São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos.
Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.
Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.
Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.
Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.
Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.
Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.
Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.
Martha Medeiros
Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra.
Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.
Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar.
Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Verdade verdadeira.
Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído.
São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos.
Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.
Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.
Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.
Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.
Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.
Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.
Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.
Martha Medeiros
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Eu hoje joguei tanta coisa fora...."
Vou pedir permissão ao autor e repetir a notória frase:
"Eu hoje joguei tanta coisa fora"
Esvaziei minha caixa de e-mail, minha agenda de telefones,
meu coração de "pessoas", que me deixarão saudades...
Deveria ser fácil, como na poesia, mas não é!!!
É doloroso, pois uma caixa limpa,
nada mais é do que uma caixa vazia...
É assim que me sinto!
Não! É assim que não me sinto!!!!
"Eu hoje joguei tanta coisa fora"
Esvaziei minha caixa de e-mail, minha agenda de telefones,
meu coração de "pessoas", que me deixarão saudades...
Deveria ser fácil, como na poesia, mas não é!!!
É doloroso, pois uma caixa limpa,
nada mais é do que uma caixa vazia...
É assim que me sinto!
Não! É assim que não me sinto!!!!
Poema do amigo aprendiz
Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...
Fernando Pessoa.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...
Fernando Pessoa.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
A vida
Carros a buzinar, faróis a piscar.
Nas ruas pessoas a gritar, bancos lotados.
Trabalhadores estressados.
Restaurantes, onde sequer se pode entrar.
De repente, no meio desse tumulto.
Surge uma personagem importante, com aparência inebriante.
Faz, tal como “magia”, da sua vida vazia,
Tornar-se algo emocionante.
Sentir-se gente e não número ou papel.
Acreditar, que ainda existem estrelas no céu.
Mas, passado o momento da nostalgia.
Sinto doer o “eu” no coração.
Nada do que pensei existia.
E que recorri à infância,
Convivendo no mundo com a imaginação.
Como gostaria de tudo alterar.
De ser uma criatura diferente,
Para nada das pessoas esperar.
Acreditar que fui “gente” e que signifiquei um presente,
Na difícil arte de se encontrar?
E, sentindo o vácuo pelo que idealizei verdadeiro,
Diante de tanta desigualdade.
Não quero me contaminar com realidade,
E, realmente, crer que houve cumplicidade.
Não pense que falo de amor ou de paixão.
Falo de camaradagem, afeto e comiseração.
Falo do Amor sublime, aquele que se sente,
Acima da racionalidade, da convivência e fantasia.
E que existe independente da frustração.
S. B.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."
Cora Coralina
Ontem foi a prova do Magistério...
Impressionante: a quantidade de professores...
o salário irrisório..., o tumulto..., o lugar...
Enfim, cansativo e preocupante.
Porém, o meu maior prazer foi ver o
primeiro texto da prova:
"Eu sei, mas não devia",
de Cora Coralina.
Confesso que foi um alento e,
mesmo diante daquele "caldeirão",
consegui sorrir de prazer e felicidade.
O texto representava tudo que estávamos
vivendo, inclusive aquele tórrido momento.
O que a arte da poesia é capaz de fazer!!!!!
Cora Coralina
Ontem foi a prova do Magistério...
Impressionante: a quantidade de professores...
o salário irrisório..., o tumulto..., o lugar...
Enfim, cansativo e preocupante.
Porém, o meu maior prazer foi ver o
primeiro texto da prova:
"Eu sei, mas não devia",
de Cora Coralina.
Confesso que foi um alento e,
mesmo diante daquele "caldeirão",
consegui sorrir de prazer e felicidade.
O texto representava tudo que estávamos
vivendo, inclusive aquele tórrido momento.
O que a arte da poesia é capaz de fazer!!!!!
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
what a wonderful world
Como o mundo é maravilhoso!!!
Eu me casei com esta música...
Tenho grandes recordações, lindas lembranças
e momentos inesquecíveis...
Porém... tudo muda, mesmo assim:
"What a wonderful world".
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Meu maior medo
Meu maior medo é viver sozinho
e não ter fé para receber um mundo diferente
e não ter paz para se despedir.
Meu maior medo é almoçar sozinho, jantar sozinho
e me esforçar em me manter ocupado,
para não provocar compaixão dos garçons.
Meu maior medo é ajudar as pessoas,
porque não sei me ajudar.
Meu maior medo é desperdiçar espaço em uma cama de casal,
sem acordar durante a chuva mais revolta,
sem adormecer diante da chuva mais branda.
Meu maior medo é a necessidade de ligar a tevê enquanto tomo banho.
Meu maior medo é conversar com o rádio em engarrafamento.
Meu maior medo é enfrentar um final de semana sozinho
e depois de ouvir os programas de meus colegas de trabalho.
Meu maior medo é a segunda-feira
e me calar para não parecer estranho e anti-social.
Meu maior medo é escavar a noite para encontrar um par
e voltar mais solteiro do que antes.
Meu maior medo é não conseguir acabar uma cerveja sozinho.
Meu maior medo é a indecisão ao escolher um presente para mim.
Meu maior medo é a expectativa de dar certo na família,
que não me deixa ao menos dar errado.
Meu maior medo é escutar uma música, entender a letra
e faltar uma companhia para concordar comigo.
Meu maior medo é que a metade do rosto, que apanho com a mão,
seja convencida a partir, com a metade do rosto que não alcanço.
Meu maior medo é escrever para não pensar.
Eu vivo o maior dos temores...
Eu escrevo para não pensar!!!!
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Amizade Verdadeira
Amizade é algo essencial na minha vida.
É valioso saber que tenho um grande amigo,
que a cada instante esteja comigo,
nem que seja em pensamento.
Pode ser um amigo de shopping, de faculdade, de trabalho,
de viagem em viagem, aquele que se vai na sexta-feira depois da aula.
Um amigo leal, aquele que está junto a mim,
sempre... e que, mesmo estando distante, não me abandona.
Um amigo compreende as minhas falhas,
ouve o meu silêncio, entende as minhas súplicas.
Pode até viver num mundo virtual,
conectado apenas pelos pensamentos e tecnologias.
Não importa! desde que ele exista,
fique em meu coração e me deixe com saudades.
Saiba reconhecer os momentos bons
ou difíceis da minha vida.
Tenho muitos amigos,
mas me sinto muito sozinha.
Não sei se reconheço a verdadeira amizade,
ou se ela realmente existe.
S.B.
É valioso saber que tenho um grande amigo,
que a cada instante esteja comigo,
nem que seja em pensamento.
Pode ser um amigo de shopping, de faculdade, de trabalho,
de viagem em viagem, aquele que se vai na sexta-feira depois da aula.
Um amigo leal, aquele que está junto a mim,
sempre... e que, mesmo estando distante, não me abandona.
Um amigo compreende as minhas falhas,
ouve o meu silêncio, entende as minhas súplicas.
Pode até viver num mundo virtual,
conectado apenas pelos pensamentos e tecnologias.
Não importa! desde que ele exista,
fique em meu coração e me deixe com saudades.
Saiba reconhecer os momentos bons
ou difíceis da minha vida.
Tenho muitos amigos,
mas me sinto muito sozinha.
Não sei se reconheço a verdadeira amizade,
ou se ela realmente existe.
S.B.
domingo, 2 de dezembro de 2007
Sinos
Ovídio (A Arte de Amar)
"Se eu pudesse,
seria mais sensata;
mas uma força nova
arrasta-me contra a minha vontade,
e o desejo
atrai-me a uma direção,
e a razão, a outra:
vejo e aprovo o melhor,
mas sigo o pior."
Ovídio
seria mais sensata;
mas uma força nova
arrasta-me contra a minha vontade,
e o desejo
atrai-me a uma direção,
e a razão, a outra:
vejo e aprovo o melhor,
mas sigo o pior."
Ovídio
sábado, 1 de dezembro de 2007
Canção do Exílio
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nosses bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prezer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeira,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
Coimbra, julho 1843. Gonçalves Dias.
Literatura Brasileira...
Mais um final de semana de estudos,
mas não posso negar que é com um imenso prazer...
Porque só "Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá".
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nosses bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prezer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeira,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
Coimbra, julho 1843. Gonçalves Dias.
Literatura Brasileira...
Mais um final de semana de estudos,
mas não posso negar que é com um imenso prazer...
Porque só "Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá".
Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.
William Shakespeare
Amor...
Não existem "amores", mas sim Amor...
O amor que nos faz acreditar nas pessoas,
que nos faz Amar um amigo, que nos faz
acreditar em mitos, que nos permite crer
que somos verdadeiramente amados...
Amor... Amor... Amor...
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.
William Shakespeare
Amor...
Não existem "amores", mas sim Amor...
O amor que nos faz acreditar nas pessoas,
que nos faz Amar um amigo, que nos faz
acreditar em mitos, que nos permite crer
que somos verdadeiramente amados...
Amor... Amor... Amor...
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Medo
Congresso Internacional do Medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
Carlos Drummond de Andrade
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
Carlos Drummond de Andrade
domingo, 25 de novembro de 2007
Entre o sono e sonho,
Entre mim e o que em mim
É o quem eu me suponho
Corre um rio sem fim.
Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.
Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.
E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre
-Esse rio sem fim.
Fernando Pessoa 11-9-1933
Entre mim e o que em mim
É o quem eu me suponho
Corre um rio sem fim.
Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.
Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.
E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre
-Esse rio sem fim.
Fernando Pessoa 11-9-1933
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Sonhos
"Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado."
William Shakespeare
William Shakespeare
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
SOB O SIGNO DA INQUIETAÇÃO
O susto em nós foi avançar
muito para dentro do proibido.
Muito para perto de uma zona perigosa.
A boca da noite... o desconhecido...
Vagos caminhos de uma via nebulosa.
Vários conceitos para falar da mesma coisa
O susto em nós foi descobrir porteiras
de territórios nunca antes percorridos
No fundo de todos nós um visitante
No fundo, a falta de sentido...
Visitantes de nós mesmos cometíamos
a imprudência de quase enlouquecer
Para chegar à compreensão.
E uma coisa afiada nos conduzia
através da trilha da poesia
e do difícil trajeto da paixão...
Bruna Lombardi
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
O SONHO
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e
nela só se tem uma chancede fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância
das pessoas que passam por suas vidas.
Clarice Lispector
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e
nela só se tem uma chancede fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância
das pessoas que passam por suas vidas.
Clarice Lispector
terça-feira, 13 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Posso ter defeitos, viver ansioso e
ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida
é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis
no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
É ter segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Fernando Pessoa
ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida
é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis
no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
É ter segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Fernando Pessoa
sábado, 10 de novembro de 2007
"Sou um guardador de rebanhos,
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz."
Alberto Caeiro heterônimo de Fernando Pessoa.
Literatura Portuguesa... majestosa...
Ah!!! Quanta docilidade no expressar.
Hj eu me sinto assim...
Com "o meu corpo deitado na realidade",
eu estou feliz!!!!
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz."
Alberto Caeiro heterônimo de Fernando Pessoa.
Literatura Portuguesa... majestosa...
Ah!!! Quanta docilidade no expressar.
Hj eu me sinto assim...
Com "o meu corpo deitado na realidade",
eu estou feliz!!!!
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração. Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que? Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então! E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples... é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.
Luís Fernando Veríssimo
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração. Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que? Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então! E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples... é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.
Luís Fernando Veríssimo
domingo, 4 de novembro de 2007
É Proibido
É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso,
só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.
Pablo Neruda
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso,
só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.
Pablo Neruda
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
DEFINIÇÕES
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não... Amor é um exagero... também não.
Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação,
Esse negócio de amor, não sei explicar.
Mario Prata
Eu tb não sei explicar o amor...
Por quê??? Por quê???
Então, desisto... é melhor nem tentar!!!!
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não... Amor é um exagero... também não.
Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação,
Esse negócio de amor, não sei explicar.
Mario Prata
Eu tb não sei explicar o amor...
Por quê??? Por quê???
Então, desisto... é melhor nem tentar!!!!
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Retrato
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Cecília Meireles
Eu li este poema qdo criança...
Não imaginava que um dia me sentiria assim...
Hj, com alma de criança e rosto de mulher,
eu me pergunto?
"Em que espelho ficou perdida a minha face?"
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Cecília Meireles
Eu li este poema qdo criança...
Não imaginava que um dia me sentiria assim...
Hj, com alma de criança e rosto de mulher,
eu me pergunto?
"Em que espelho ficou perdida a minha face?"
sábado, 27 de outubro de 2007
Velha história
Depois de atravessar muitos caminhos
Um homem chegou a uma estrada clara e extensa
Cheia de calma e luz.
O homem caminhou pela estrada afora
Ouvindo a voz dos pássaros e recebendo a luz forte do sol
Com o peito cheio de cantos e a boca farta de risos.
O homem caminhou dias e dias pela estrada longa
Que se perdia na planície uniforme.
Caminhou dias e dias…
Os únicos pássaros voaram
Só o sol ficava
O sol forte que lhe queimava a fronte pálida.
Depois de muito tempo ele se lembrou de procurar uma fonte
Mas o sol tinha secado todas as fontes.
Ele perscrutou o horizonte
E viu que a estrada ia além, muito além de todas as coisas.
Ele perscrutou o céu
E não viu nenhuma nuvem.
E o homem se lembrou dos outros caminhos.
Eram difíceis, mas a água cantava em todas as fontes
Eram íngremes, mas as flores embalsamavam o ar puro
Os pés sangravam na pedra, mas a árvore amiga velava o sono.
Lá havia tempestade e havia bonança
Havia sombra e havia luz.
O homem olhou por um momento a estrada clara e deserta
Olhou longamente para dentro de si
E voltou.
Aprende-se muito com os erros.
Não se acanhe, retorne!
Acredite! Não tema!
Os caminhos são árduos,
Ninguém disse que a vida seria fácil...
Vá...
Um homem chegou a uma estrada clara e extensa
Cheia de calma e luz.
O homem caminhou pela estrada afora
Ouvindo a voz dos pássaros e recebendo a luz forte do sol
Com o peito cheio de cantos e a boca farta de risos.
O homem caminhou dias e dias pela estrada longa
Que se perdia na planície uniforme.
Caminhou dias e dias…
Os únicos pássaros voaram
Só o sol ficava
O sol forte que lhe queimava a fronte pálida.
Depois de muito tempo ele se lembrou de procurar uma fonte
Mas o sol tinha secado todas as fontes.
Ele perscrutou o horizonte
E viu que a estrada ia além, muito além de todas as coisas.
Ele perscrutou o céu
E não viu nenhuma nuvem.
E o homem se lembrou dos outros caminhos.
Eram difíceis, mas a água cantava em todas as fontes
Eram íngremes, mas as flores embalsamavam o ar puro
Os pés sangravam na pedra, mas a árvore amiga velava o sono.
Lá havia tempestade e havia bonança
Havia sombra e havia luz.
O homem olhou por um momento a estrada clara e deserta
Olhou longamente para dentro de si
E voltou.
Aprende-se muito com os erros.
Não se acanhe, retorne!
Acredite! Não tema!
Os caminhos são árduos,
Ninguém disse que a vida seria fácil...
Vá...
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Sobre humilhação
Durante uma vida a gente é capaz de sentir de tudo, são inúmeras as sensações que nos invadem, e delas a arte igualmente já se serviu com fartura. Paixão, saudades, culpa, dor-de-cotovelo, remorso, excitação, otimismo, desejo – sabemos reconhecer cada uma destas alegrias e tristezas, não há muita novidade, já vivenciamos um pouco de cada coisa, e o que não foi vivenciado foi ao menos testemunhado através de filmes, novelas, letras de música.
Há um sentimento, no entanto, que não aparece muito, não protagoniza cenas de cinema nem vira versos com freqüência, e quando a gente sente na própria pele, é como se fosse uma visita incômoda. De humilhação que falo. Há muitas maneiras de uma pessoa se sentir humilhada.
A mais comum é aquela em que alguém nos menospreza diretamente, nos reduz, nos coloca no nosso devido lugar - que lugar é este que não permite movimento, travessia?. Geralmente são opressões hierárquicas: patrão-empregado, professor-aluno, adulto-criança. Respeitamos a hierarquia, mas não engolimos a soberba alheia, e este tipo de humilhação só não causa maior estrago porque sabemos que ele é fruto da arrogância, e os arrogantes nada mais são do que pessoas com complexo de inferioridade. Humilham para não se sentirem humilhados.
Mas e quando a humilhação não é fruto da hierarquia, mas de algo muito maior e mais massacrante: o desconhecimento sobre nós mesmos? Tentamos superar uma dor antiga e não conseguimos. Procuramos ficar amigos de quem já amamos e caímos em velhas ciladas armadas pelo coração. Oferecemos nosso corpo e nosso carinho para quem já não precisa nem de um nem de outro. Motivos nobres, mas os resultados são vexatórios. Nesses casos, não houve maldade, ninguém pretendeu nos desdenhar. Estivemos apenas enfrentando o desconhecido: nós mesmos, nossas fraquezas, nossas emoções mais escondidas, aquelas que julgávamos superadas, para sempre adormecidas, mas que de vez em quando acordam para, impiedosas, nos colocar em nosso devido lugar.
Martha Medeiros
Há um sentimento, no entanto, que não aparece muito, não protagoniza cenas de cinema nem vira versos com freqüência, e quando a gente sente na própria pele, é como se fosse uma visita incômoda. De humilhação que falo. Há muitas maneiras de uma pessoa se sentir humilhada.
A mais comum é aquela em que alguém nos menospreza diretamente, nos reduz, nos coloca no nosso devido lugar - que lugar é este que não permite movimento, travessia?. Geralmente são opressões hierárquicas: patrão-empregado, professor-aluno, adulto-criança. Respeitamos a hierarquia, mas não engolimos a soberba alheia, e este tipo de humilhação só não causa maior estrago porque sabemos que ele é fruto da arrogância, e os arrogantes nada mais são do que pessoas com complexo de inferioridade. Humilham para não se sentirem humilhados.
Mas e quando a humilhação não é fruto da hierarquia, mas de algo muito maior e mais massacrante: o desconhecimento sobre nós mesmos? Tentamos superar uma dor antiga e não conseguimos. Procuramos ficar amigos de quem já amamos e caímos em velhas ciladas armadas pelo coração. Oferecemos nosso corpo e nosso carinho para quem já não precisa nem de um nem de outro. Motivos nobres, mas os resultados são vexatórios. Nesses casos, não houve maldade, ninguém pretendeu nos desdenhar. Estivemos apenas enfrentando o desconhecido: nós mesmos, nossas fraquezas, nossas emoções mais escondidas, aquelas que julgávamos superadas, para sempre adormecidas, mas que de vez em quando acordam para, impiedosas, nos colocar em nosso devido lugar.
Martha Medeiros
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Sorriso
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
Charles Chaplin
Dizem que eu tenho de sorrir mais...
Por que será???
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
A vida me ensinou...
A vida me ensinou...
A dizer adeus às pessoas que amo,
Sem tira-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostra-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade,
Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir;
Aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças;
Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo,
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhosa com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente,
Pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente,
Pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordada;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
(Já fiz d+ esse ano)
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e esta me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi,
e usá-lo como um diamante que eu mesma tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.
Sou feliz amo minha vida, minha família, meus amigos, meu amor, meus colegas, meus rivais!!!
E hoje? Mais um dia de escolhas!!!
Que medo!! Vou admitir...
Mas vou receber este convite,
como um presente da vida...
E eu serei o próprio diamante,
duro e bruto, a ser lapidado,
até me transformar no mais
cristalino brilhante!!!!
A dizer adeus às pessoas que amo,
Sem tira-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostra-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade,
Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir;
Aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças;
Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo,
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhosa com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente,
Pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente,
Pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordada;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
(Já fiz d+ esse ano)
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e esta me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi,
e usá-lo como um diamante que eu mesma tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.
Sou feliz amo minha vida, minha família, meus amigos, meu amor, meus colegas, meus rivais!!!
E hoje? Mais um dia de escolhas!!!
Que medo!! Vou admitir...
Mas vou receber este convite,
como um presente da vida...
E eu serei o próprio diamante,
duro e bruto, a ser lapidado,
até me transformar no mais
cristalino brilhante!!!!
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Canção da Falsa Adormecida
Se te pareço ausente, não creias:
Hora a hora o meu amor agarra-se aos teus braços,
Hora a hora o meu desejo revolve estes escombros
E escorrem dos meus olhos mais promessas.
Não acredites neste breve sono;
Não dês valor maior ao meu silêncio;
E se leres recados numa folha branca,
Não creias também: é preciso encostar
Teus lábios em meus lábios para ouvir.
Nem acredites se pensas que te falo:
Palavras
São o meu jeito mais secreto de calar.
Lya Luft
Eu tb me sinto assim,
eu falo e penso tanto,
que até no meu silêncio há palavras...
Como eu gostaria de ser serena,
calma e ponderada...
Mas, não!!!! Sou este turbilhão de emoções
capaz de explodir e implodir a qq momento.
Só há uma vantagem em ser assim...
Ninguém pode dizer que se enganou comigo,
Sou transparente... cristalina... clara...
Não há rodeios, nem meias palavras.
Hora a hora o meu amor agarra-se aos teus braços,
Hora a hora o meu desejo revolve estes escombros
E escorrem dos meus olhos mais promessas.
Não acredites neste breve sono;
Não dês valor maior ao meu silêncio;
E se leres recados numa folha branca,
Não creias também: é preciso encostar
Teus lábios em meus lábios para ouvir.
Nem acredites se pensas que te falo:
Palavras
São o meu jeito mais secreto de calar.
Lya Luft
Eu tb me sinto assim,
eu falo e penso tanto,
que até no meu silêncio há palavras...
Como eu gostaria de ser serena,
calma e ponderada...
Mas, não!!!! Sou este turbilhão de emoções
capaz de explodir e implodir a qq momento.
Só há uma vantagem em ser assim...
Ninguém pode dizer que se enganou comigo,
Sou transparente... cristalina... clara...
Não há rodeios, nem meias palavras.
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
O PERMANENTE E O PROVISÓRIO
O casamento é permanente, o namoro é provisório.
O amor é permanente, a paixão é provisória.
Uma profissão é permanente, um emprego é provisório.
Um endereço é permanente, uma estada é provisória.
A arte é permanente, a tendência é provisória.
De acordo? Nem eu.
Um casamento que dura 20 anos é provisório. Não somos repetições de nós mesmos, a cada instante somos surpreendidos por novos pensamentos que nos chegam através da leitura, do cinema, da meditação. O que eu fui ontem, anteontem, já é memória. Escada vencida degrau por degrau, mas o que eu sou neste momento é o que conta, minhas decisões valem pra agora, hoje é o meu dia, nenhum outro.
Amor permanente... como a gente se agarra nesta ilusão. Pois se nem o amor pela gente mesmo resiste tanto tempo sem umas reavaliações. Por isso nos transformamos, temos sede de aprender, de nos melhorar, de deixar pra trás nossos imensuráveis erros, nossos achaques, nossos preconceitos, tudo o que fizemos achando que era certo e hoje condenamos. O amor se infiltra dentro da nós, mas seguem todos em movimento: você, o amor da sua vida e o que vocês sentem. Tudo pulsando independentemente, e passíveis de se desgarrar um do outro.
Um endereço não é pra sempre, uma profissão pode ser jogada pela janela, a amizade é fortíssima até encontrar uma desilusão ainda mais forte, a arte passa por ciclos, e se tudo isso é soberano e tem valor supremo, é porque hoje acreditamos nisso, hoje somos superiores ao passado e ao futuro, agora é que nossa crença se estabiliza, a necessidade se manifesta, a vontade se impõe – até que o tempo vire.
Faço menos planos e cultivo menos recordações. Não guardo muitos papéis, nem adianto muito o serviço. Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve, alcanço seus limites com as mãos, é nele que me instalo e vivo com a integridade possível. Canso menos, me divirto mais, e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório, inclusive nós.
Martha Medeiros
Há pouco tempo eu li sobre as falsas representações...
Hoje eu me pergunto, em que mundo eu vivi???
Levei tanto tempo para perceber que vivia em um mundo imagético...
Foi um choque, confesso!!!
Assustador, não minto!!!
Intimidador, quase fugi!!!
É mais fácil viver na ilusão...
Não!!! Não!!!
Quero beber o néctar de cada dia...
Reavaliar minhas convicções...
Ser testada... testar!
Aproveitar a vida...
Desencantar!!!
O amor é permanente, a paixão é provisória.
Uma profissão é permanente, um emprego é provisório.
Um endereço é permanente, uma estada é provisória.
A arte é permanente, a tendência é provisória.
De acordo? Nem eu.
Um casamento que dura 20 anos é provisório. Não somos repetições de nós mesmos, a cada instante somos surpreendidos por novos pensamentos que nos chegam através da leitura, do cinema, da meditação. O que eu fui ontem, anteontem, já é memória. Escada vencida degrau por degrau, mas o que eu sou neste momento é o que conta, minhas decisões valem pra agora, hoje é o meu dia, nenhum outro.
Amor permanente... como a gente se agarra nesta ilusão. Pois se nem o amor pela gente mesmo resiste tanto tempo sem umas reavaliações. Por isso nos transformamos, temos sede de aprender, de nos melhorar, de deixar pra trás nossos imensuráveis erros, nossos achaques, nossos preconceitos, tudo o que fizemos achando que era certo e hoje condenamos. O amor se infiltra dentro da nós, mas seguem todos em movimento: você, o amor da sua vida e o que vocês sentem. Tudo pulsando independentemente, e passíveis de se desgarrar um do outro.
Um endereço não é pra sempre, uma profissão pode ser jogada pela janela, a amizade é fortíssima até encontrar uma desilusão ainda mais forte, a arte passa por ciclos, e se tudo isso é soberano e tem valor supremo, é porque hoje acreditamos nisso, hoje somos superiores ao passado e ao futuro, agora é que nossa crença se estabiliza, a necessidade se manifesta, a vontade se impõe – até que o tempo vire.
Faço menos planos e cultivo menos recordações. Não guardo muitos papéis, nem adianto muito o serviço. Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve, alcanço seus limites com as mãos, é nele que me instalo e vivo com a integridade possível. Canso menos, me divirto mais, e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório, inclusive nós.
Martha Medeiros
Há pouco tempo eu li sobre as falsas representações...
Hoje eu me pergunto, em que mundo eu vivi???
Levei tanto tempo para perceber que vivia em um mundo imagético...
Foi um choque, confesso!!!
Assustador, não minto!!!
Intimidador, quase fugi!!!
É mais fácil viver na ilusão...
Não!!! Não!!!
Quero beber o néctar de cada dia...
Reavaliar minhas convicções...
Ser testada... testar!
Aproveitar a vida...
Desencantar!!!
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Assim eu vejo a vida
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.
Cora Coralina
Ah!!! Eu aprendi a viver!!!
E como foi bom sofrer...
Vivi as dores, senti os amores,
apendi a perder!!!
Estou vida, apesar de...
Positiva e negativa
O passado foi duro mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.
Cora Coralina
Ah!!! Eu aprendi a viver!!!
E como foi bom sofrer...
Vivi as dores, senti os amores,
apendi a perder!!!
Estou vida, apesar de...
domingo, 14 de outubro de 2007
"Não existe isso de homem escrever com vigor e mulher escrever com fragilidade. Puta que pariu, não é assim. Isso não existe. É um erro pensar assim. Eu sou uma mulher. Faço tudo de mulher, como mulher. Mas não sou uma mulher que necessita de ajuda de um homem. Não necessito de proteção de homem nenhum. Essas mulheres frageizinhas, que fazem esse gênero, querem mesmo é explorar seus maridos. Isso entra também na questão literária. Não existe isso de homens com escrita vigorosa, enquanto as mulheres se perdem na doçura. Eu fico puta da vida com isso. Eu quero escrever com o vigor de uma mulher. Não me interessa escrever como homem."
Lya Luft
Voltei!!!!
Cansada de brincar!!!!
Descansada de pensar!!!!
Pronta para recomeçar!!!!
Lya Luft
Voltei!!!!
Cansada de brincar!!!!
Descansada de pensar!!!!
Pronta para recomeçar!!!!
domingo, 7 de outubro de 2007
Família
PROVA
Um guerreiro sabe que um anjo e um demônio disputam a mão que segura a espada.
Diz o demônio: "Você vai fraquejar. Você não vai saber o momento exato. Você está com medo.
Diz o anjo: "Você vai fraquejar. Você não vai saber o momento exato. Você está com medo.
O guerreiro fica surpreso. Ambos disseram a mesma coisa.
Então o demônio continua: "Deixa que eu te ajudo".
E diz o anjo: "Eu te ajudo".
Nesta hora, o guerreiro percebe a diferença.
As palavras são as mesmas, mas os aliados são diferentes.
Então ele escolhe a mão de seu anjo.
Manual do Guerreiro da Luz (Paulo Coelho)
Esta semana será muito sui generis para mim...
Muitas experiências... provas... escolhas...
Viver é ser testado o tempo todo...
Que meu anjinho me guarde e
me conduza nesta empreitada...
sábado, 6 de outubro de 2007
Em busca da maldade
Khrisna resolveu testar a sabedoria de seus súditos.
Convocou Duryodhana, um rei conhecido por sua crueldade, e pediu que encontrasse um homem bom em seu reino. Duryodhana viajou durante um ano, e voltou à presença de Khrisna, dizendo:“Busquei um homem bom, e não encontrei. São todos egoístas e malvados”.
Khrisna chamou o rei Dhammaraja, considerado um homem santo. Pediu que percorresse seu reino em busca de um homem malvado. Dhammaraja viajou durante dois anos, e voltou a Khrisna, dizendo:“Perdoe-me, mas não encontrei ninguém mau. Todos têm um lado bom, apesar dos defeitos”.
Então Khrisna comentou com os outros deuses: “Viram? O mundo é um espelho, e devolve a todos os reflexos do próprio rosto”
Paulo coelho
Tive uma semana triste...
Na verdade, uma semana para ser esquecida...
Conheci a maldade... senti a maldade... retribuí a maldade...
Os danos são permanentes... minha dignidade ficou maculada...
Mas minha alma e o meu coração estão em paz...
Não há mal algum capaz de mudar o que eu sou!!!
Por mais que tentem!!!!
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
DA FELICIDADE
sábado, 29 de setembro de 2007
Soneto bem conhecido
A cada canto um grande conselheiro
Que nos quer governar cabana e vinha,
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro,
Que a vida do vizinho, e da vizinha,
Pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha
Para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos pelos pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados,
Todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia.
Estou estudando Literatura Brasileira...
Então... vai um soneto de Gregório de Matos.
Final de semana... de estudo!!!!
Que nos quer governar cabana e vinha,
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro,
Que a vida do vizinho, e da vizinha,
Pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha
Para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos pelos pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados,
Todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia.
Estou estudando Literatura Brasileira...
Então... vai um soneto de Gregório de Matos.
Final de semana... de estudo!!!!
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
São Cosme e São Damião
Hoje é um dia do ano que gosto muito!!!!
É dia de São Cosme e São Damião...
A felicidade no rosto das crianças é imensa...
E nesta festa não há pobre ou rico,
melhor ou pior presente,
todos são iguais!!!!
É dia de São Cosme e São Damião...
A felicidade no rosto das crianças é imensa...
E nesta festa não há pobre ou rico,
melhor ou pior presente,
todos são iguais!!!!
Os gêmeos mártires foram santificados, sendo nomeados pela Igreja Católica como São Cosme que significa “o enfeitado” e São Damião ”o popular”, no dia 27 de setembro. São os santos protetores dos médicos, farmaceuticos, gêmeos e das crianças.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
A DOR QUE DÓI MAIS
Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, dóem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que já morreu.
Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos.
Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã.
Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber.
Não saber mais se ele continua se gripando no inverno.
Não saber mais se ela continua clareando o cabelo.
Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu.
Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber.
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber.
Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
Martha Medeiros
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, dóem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que já morreu.
Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos.
Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã.
Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber.
Não saber mais se ele continua se gripando no inverno.
Não saber mais se ela continua clareando o cabelo.
Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu.
Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber.
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber.
Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
Martha Medeiros
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Falsidade
"Os homens deviam ser o que parecem ou,
pelo menos, não parecerem o que não são".
William Shakespeare
pelo menos, não parecerem o que não são".
William Shakespeare
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Coração é terra que ninguém vê
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei
- nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.
Semeador da Parábola...
Lancei a boa sementea gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão
Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração.
Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...
Cora Coralina
de um coração.
Sachei, mondei
- nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.
Semeador da Parábola...
Lancei a boa sementea gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão
Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração.
Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...
Cora Coralina
domingo, 23 de setembro de 2007
sábado, 22 de setembro de 2007
Batalhão de Letras
Uma grande brincadeira.
Destinada ao público infantil.
Quintana faz travessuras com as letras do alfabeto.
Ontem eu fui à Bienal/RJ com o meu filho...
Dentre os diversos livros que comprei, na minha loucura
de sempre (português, sociologia, filosofia, direito,
poesia... e por aí vai...), eu trouxe o "Batalhão das Letras"...
Sinceramente, foi o livro que eu mais gostei!!!!!!
Tentei comprar qdo meu filho era bem pequeno... não encontrei.
Foi republicado este ano pela Editora Globo (arhg),
mas não contive minha felicidade ao deparar-me com o livro...
Parecia uma criança, diante de um presente há muito esperado...
Quanta emoção um simples livro pode proporcionar!!!!!
Esta é a magia da literatura...
Destinada ao público infantil.
Quintana faz travessuras com as letras do alfabeto.
Ontem eu fui à Bienal/RJ com o meu filho...
Dentre os diversos livros que comprei, na minha loucura
de sempre (português, sociologia, filosofia, direito,
poesia... e por aí vai...), eu trouxe o "Batalhão das Letras"...
Sinceramente, foi o livro que eu mais gostei!!!!!!
Tentei comprar qdo meu filho era bem pequeno... não encontrei.
Foi republicado este ano pela Editora Globo (arhg),
mas não contive minha felicidade ao deparar-me com o livro...
Parecia uma criança, diante de um presente há muito esperado...
Quanta emoção um simples livro pode proporcionar!!!!!
Esta é a magia da literatura...
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Durmo. Regresso ou espero?
Durmo. Regresso ou espero?
Não sei. Um outro flui
Entre o que sou e o que quero
Entre o que sou e o que fui.
F. Pessoa.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Eu amo tudo o que foi
EU AMO TUDO o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
F. Pessoa
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
F. Pessoa
domingo, 16 de setembro de 2007
New York, New York
"Eu quero acordar na cidade que nunca dorme
E descobrir que sou o rei da montanha - O maioral"
sábado, 15 de setembro de 2007
Às mães
Mãe!... Com um anjo, aquele dia,
partiste em teu negro véu...
- Não precisavas de guia
para o caminho do Céu!
Mais uma pessoa querida perdeu sua mãe...
Espero que ela encontre conforto...
nos amigos, nos familiares e em suas crenças...
partiste em teu negro véu...
- Não precisavas de guia
para o caminho do Céu!
Mais uma pessoa querida perdeu sua mãe...
Espero que ela encontre conforto...
nos amigos, nos familiares e em suas crenças...
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
À DESCOBERTA DO AMOR
Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima
e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive a sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo.
Mahatma Gandhi
Esse é o verdadeiro amor...
Saiba amar, para ser amado...
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima
e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive a sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo.
Mahatma Gandhi
Esse é o verdadeiro amor...
Saiba amar, para ser amado...
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
saber ver
"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de
nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.
O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está
nos olhos de quem souber ver".
nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.
O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está
nos olhos de quem souber ver".
(Pedro Bial)
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Como dizia o poeta
Como dizia o poeta.
Quem já passou por essa vida e não viveu.
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu.
Porque a vida só se dá pra quem se deu.
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu.
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não.
Não há mal pior do que a descrença.
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão.
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair.
Pra que somar se a gente pode dividir.
Eu francamente já não quero nem saber.
De quem não vai porque tem medo de sofrer.
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão.
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não.
Vinícius de Moraes
Curtiu a sua paixão?
Sofreu... rasgou o coração?
Então viva a sua vida..
Porque é melhor viver sem amor...
Do que viver na ilusão...
Quem já passou por essa vida e não viveu.
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu.
Porque a vida só se dá pra quem se deu.
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu.
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não.
Não há mal pior do que a descrença.
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão.
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair.
Pra que somar se a gente pode dividir.
Eu francamente já não quero nem saber.
De quem não vai porque tem medo de sofrer.
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão.
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não.
Vinícius de Moraes
Curtiu a sua paixão?
Sofreu... rasgou o coração?
Então viva a sua vida..
Porque é melhor viver sem amor...
Do que viver na ilusão...
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
"Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando,
vivendo que esperando,
porque embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu."
(L. F. Veríssimo)
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
" O Erro... "
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
A maior solidão é a do ser que não ama
A maior solidão é a do ser que não ama.
A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo.
Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno.
Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.
Vinícius de Moraes
Como conhecemos gente assim...
Que não se doa... não falo só de amor físico...
Falo de amizade, de compaixão, até de amor próprio...
Não se permitir... é não SER completo...
É apenas passar pela vida, acumulando bens e
despejando pessoas!
A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo.
Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno.
Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.
Vinícius de Moraes
Como conhecemos gente assim...
Que não se doa... não falo só de amor físico...
Falo de amizade, de compaixão, até de amor próprio...
Não se permitir... é não SER completo...
É apenas passar pela vida, acumulando bens e
despejando pessoas!
domingo, 2 de setembro de 2007
Já perdoei erros quase imperdoáveis
Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
“quebrei a cara muitas vezes”!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida…
E você também não deveria passar!
Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é “muito” pra ser insignificante.
Charles Chaplin
Viva a vida!
Sinta as dores, experimente os amores,
perceba todas as cores.
E mais, há vida até na tristeza,
porque, sentir é estar vivo!
Apesar de...
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
“quebrei a cara muitas vezes”!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida…
E você também não deveria passar!
Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é “muito” pra ser insignificante.
Charles Chaplin
Viva a vida!
Sinta as dores, experimente os amores,
perceba todas as cores.
E mais, há vida até na tristeza,
porque, sentir é estar vivo!
Apesar de...
sábado, 1 de setembro de 2007
Conviver
"A arte de viver é simplesmente a arte de conviver...,
simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!" (M. Q.)
Realmente....
Como é difícil!!!!!!
simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!" (M. Q.)
Realmente....
Como é difícil!!!!!!
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Me Deixa Em Paz
Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Evitar esse amor
É impossível
Evitar a dor
É muito mais
Você arruinou a minha vida
Me deixa em paz.
Ana Carolina
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Evitar esse amor
É impossível
Evitar a dor
É muito mais
Você arruinou a minha vida
Me deixa em paz.
Ana Carolina
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Poema da necessidade
É preciso casar João,
é preciso suportar, Antônio,
é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os homens
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar O FIM DO MUNDO.
Carlos Drummond de Andrade.
é preciso suportar, Antônio,
é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os homens
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar O FIM DO MUNDO.
Carlos Drummond de Andrade.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Alegria, Alegria
CAMINHANDO CONTRA O VENTO
SEM LENÇO, SEM DOCUMENTO
NO SOL DE QUASE DEZEMBRO
EU VOU
O SOL SE REPARTE EM CRIMES,
ESPAÇONAVES, GUERRILHAS
EM CARDINALES BONITAS
EU VOU
EM CARAS DE PRESIDENTES
EM GRANDES BEIJOS DE AMOR
EM DENTES, PERNAS, BANDEIRAS
BOMBA E BRIGITTE BARDOT
O SOL NAS BANCAS DE REVISTA
ME ENCHE DE ALEGRIA E PREGUIÇA
QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA
EU VOU
POR ENTRE FOTOS E NOMES
OS OLHOS CHEIOS DE CORES
O PEITO CHEIO DE AMORES VÃOS
EU VOU
POR QUE NÃO, POR QUE NÃO
ELA PENSA EM CASAMENTO
E EU NUNCA MAIS FUI À ESCOLA
SEM LENÇO, SEM DOCUMENTO,
EU VOU
EU TOMO UMA COCA-COLA
ELA PENSA EM CASAMENTO
E UMA CANÇÃO ME CONSOLA
EU VOU
POR ENTRE FOTOS E NOMES
SEM LIVROS E SEM FUZIL
SEM FOME SEM TELEFONE
NO CORAÇÃO DO BRASIL
ELA NEM SABE ATÉ PENSEI
EM CANTAR NA TELEVISÃO
O SOL É TÃO BONITO
EU VOU
SEM LENÇO, SEM DOCUMENTO
NADA NO BOLSO OU NAS MÃOS
EU QUERO SEGUIR VIVENDO, AMOR
EU VOU
POR QUE NÃO, POR QUE NÃO...
Caetano Veloso
Por quê não???????
Eu acredito em "fadas"... acredito... acredito...
SEM LENÇO, SEM DOCUMENTO
NO SOL DE QUASE DEZEMBRO
EU VOU
O SOL SE REPARTE EM CRIMES,
ESPAÇONAVES, GUERRILHAS
EM CARDINALES BONITAS
EU VOU
EM CARAS DE PRESIDENTES
EM GRANDES BEIJOS DE AMOR
EM DENTES, PERNAS, BANDEIRAS
BOMBA E BRIGITTE BARDOT
O SOL NAS BANCAS DE REVISTA
ME ENCHE DE ALEGRIA E PREGUIÇA
QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA
EU VOU
POR ENTRE FOTOS E NOMES
OS OLHOS CHEIOS DE CORES
O PEITO CHEIO DE AMORES VÃOS
EU VOU
POR QUE NÃO, POR QUE NÃO
ELA PENSA EM CASAMENTO
E EU NUNCA MAIS FUI À ESCOLA
SEM LENÇO, SEM DOCUMENTO,
EU VOU
EU TOMO UMA COCA-COLA
ELA PENSA EM CASAMENTO
E UMA CANÇÃO ME CONSOLA
EU VOU
POR ENTRE FOTOS E NOMES
SEM LIVROS E SEM FUZIL
SEM FOME SEM TELEFONE
NO CORAÇÃO DO BRASIL
ELA NEM SABE ATÉ PENSEI
EM CANTAR NA TELEVISÃO
O SOL É TÃO BONITO
EU VOU
SEM LENÇO, SEM DOCUMENTO
NADA NO BOLSO OU NAS MÃOS
EU QUERO SEGUIR VIVENDO, AMOR
EU VOU
POR QUE NÃO, POR QUE NÃO...
Caetano Veloso
Por quê não???????
Eu acredito em "fadas"... acredito... acredito...
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Festas de aniversário...
"Quando guri, eu tinha de me calar, à mesa: só as pessoas grandes falavam. Agora, depois de adulto, tenho de ficar calado para as crianças falarem". (M. Q.)
Festinha de aniversário...
Quanta criança...
Quanta agitação...
MUITO BOM!!!!!!!
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
O bebê-camelo
O bebê-camelo perguntou para a mamãe camelo:
- Por que os camelos têm corcovas?
- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corcovas para reservar água e por isso somos conhecidos por sobreviver sem água.
- Certo, e por que nossas pernas são longas?
- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto.
Com essas pernas eu posso me movimentar melhor pelo deserto! - disse a mãe.
- Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão.
- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! - respondeu a mãe com orgulho.
- Ta! Então a corcova é para armazenar água, a perna para caminhar através do deserto e os cílios para proteger meus olhos do deserto. Então o que é que estamos fazendo aqui no Zoológico?
Moral da história: Habilidade, conhecimento, capacidade e experiência só são úteis se você
estiver no lugar certo. Pense nisso!
Esta semana foi muito tumultuada...
Aniversários, falecimentos, rompimentos...
Enfim..., emoções!
É o curso natural da vida...
Mas, não podemos permitir que nossa racionalidade,
nos impeça de prosseguir...
Basta sabermos disso...
Que já estaremos no lugar certo!
- Por que os camelos têm corcovas?
- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corcovas para reservar água e por isso somos conhecidos por sobreviver sem água.
- Certo, e por que nossas pernas são longas?
- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto.
Com essas pernas eu posso me movimentar melhor pelo deserto! - disse a mãe.
- Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão.
- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! - respondeu a mãe com orgulho.
- Ta! Então a corcova é para armazenar água, a perna para caminhar através do deserto e os cílios para proteger meus olhos do deserto. Então o que é que estamos fazendo aqui no Zoológico?
Moral da história: Habilidade, conhecimento, capacidade e experiência só são úteis se você
estiver no lugar certo. Pense nisso!
Esta semana foi muito tumultuada...
Aniversários, falecimentos, rompimentos...
Enfim..., emoções!
É o curso natural da vida...
Mas, não podemos permitir que nossa racionalidade,
nos impeça de prosseguir...
Basta sabermos disso...
Que já estaremos no lugar certo!
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
(C. Drummond de Andrade)
Em homenagem à amiga Angela Carolina!!!!!
Obrigada...
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
(C. Drummond de Andrade)
Em homenagem à amiga Angela Carolina!!!!!
Obrigada...
Fácil, a gente ter mãe
Fácil, a gente ter mãe,
nem se percebe que tem,
mas só saber que ela existe,
que podemos encontrá-la
à hora que desejarmos,
que seus olhos sorrirão,
cheios de amor e bondade,
ao ver a nossa aflição;
que a seu lado - ela que é fraca-
nos sentiremos tão fortes
confiantes no futuro,
o coração tão seguro
e o mundo todo tão bom,
como se fosse verdade,
só isto vale ter mãe,
e é uma felicidade.
Fácil a gente ter mãe
- quase todo mundo tem -
mãe é uma coisa tão bela!
Pena é ver que há pela vida
os que só sabem que há mãe
porque ouviram falar nela,
só a conhecem de nome,
às vezes mesmo, nem isto.
Mãe é uma simples palavra
como uma nuvem ao vento,
um vazio pensamento.
Fácil a gente ter mãe,
nem se percebe que tem
no todo dia a seu lado
quando se tem a certeza
e se sabe onde ela está,
pra dividirmos com ela
uma alegria, um revés,
que basta só querer vê-la.
Assim é fácil ter mãe.
Difícil, sim, é perdê-la,
é ter que aceitar a idéia
de que no lugar de sempre
ela não se encontra mais.
Não adianta abrir a porta;
não passeia na varanda,
a cadeira está vazia,
na cama não tem ninguém.
E aquela voz que conforta,
que nos dava tanta paz,
que era um bem que não tem preço,
que era o nosso maior bem;
não ouviremos, calou-se,
é que ela agora mudou-se
pra um lugar sem endereço
onde Deus mora, no Além.
Ah, difícil é perdê-la,
nunca mais poder achá-la,
nos sentarmos a seu lado,
passearmos na varanda,
vê-la no quarto ou na sala,
que partiu, sem ter mais volta,
que pra nós nunca mais vem!
E indefesos e sozinhos,
termos que aceitar a sorte
por desolados caminhos,
inconformados com a morte,
todos perdidos também.
Fácil é a gente ter mãe,
mãe é assim como uma estrela,
estrela-guia que a gente
traz guardada dentro em si.
Difícil, sim, é perdê-la
como uma estrela cadente
que de repente se apaga...
E, oh, meu Deus, eu a perdi.
Brasília, Dia das Mães, 11 de maio de 1975(Poema de JG de Araujo Jorge in " Tempo Será " 1a ed. 1986 ).
Hoje eu soube que um amigo especial perdeu sua mãe...
Não há como suavizar sua dor... nem modificar os fatos...
Apenas, colocar-me a disposição...
Para compartilhar com ele,
o que preciso for...
nem se percebe que tem,
mas só saber que ela existe,
que podemos encontrá-la
à hora que desejarmos,
que seus olhos sorrirão,
cheios de amor e bondade,
ao ver a nossa aflição;
que a seu lado - ela que é fraca-
nos sentiremos tão fortes
confiantes no futuro,
o coração tão seguro
e o mundo todo tão bom,
como se fosse verdade,
só isto vale ter mãe,
e é uma felicidade.
Fácil a gente ter mãe
- quase todo mundo tem -
mãe é uma coisa tão bela!
Pena é ver que há pela vida
os que só sabem que há mãe
porque ouviram falar nela,
só a conhecem de nome,
às vezes mesmo, nem isto.
Mãe é uma simples palavra
como uma nuvem ao vento,
um vazio pensamento.
Fácil a gente ter mãe,
nem se percebe que tem
no todo dia a seu lado
quando se tem a certeza
e se sabe onde ela está,
pra dividirmos com ela
uma alegria, um revés,
que basta só querer vê-la.
Assim é fácil ter mãe.
Difícil, sim, é perdê-la,
é ter que aceitar a idéia
de que no lugar de sempre
ela não se encontra mais.
Não adianta abrir a porta;
não passeia na varanda,
a cadeira está vazia,
na cama não tem ninguém.
E aquela voz que conforta,
que nos dava tanta paz,
que era um bem que não tem preço,
que era o nosso maior bem;
não ouviremos, calou-se,
é que ela agora mudou-se
pra um lugar sem endereço
onde Deus mora, no Além.
Ah, difícil é perdê-la,
nunca mais poder achá-la,
nos sentarmos a seu lado,
passearmos na varanda,
vê-la no quarto ou na sala,
que partiu, sem ter mais volta,
que pra nós nunca mais vem!
E indefesos e sozinhos,
termos que aceitar a sorte
por desolados caminhos,
inconformados com a morte,
todos perdidos também.
Fácil é a gente ter mãe,
mãe é assim como uma estrela,
estrela-guia que a gente
traz guardada dentro em si.
Difícil, sim, é perdê-la
como uma estrela cadente
que de repente se apaga...
E, oh, meu Deus, eu a perdi.
Brasília, Dia das Mães, 11 de maio de 1975(Poema de JG de Araujo Jorge in " Tempo Será " 1a ed. 1986 ).
Hoje eu soube que um amigo especial perdeu sua mãe...
Não há como suavizar sua dor... nem modificar os fatos...
Apenas, colocar-me a disposição...
Para compartilhar com ele,
o que preciso for...
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