Hei de ser sempre só... já não sei querer bem...
- depois que me prendi no amor... fui desprezado,
e hoje quero ser livre e não amar ninguém...
Começo um novo mundo. É estranho o meu passado,
e sigo para frente, olhos fitos no além...
- Sem ter o que buscar, eu mesmo, desolado,
muita vez me pergunto: - a quem procuro? a quem?
Felizmente estou só... e ninguém me diz nada...
- há apenas uma luz na distância vazia
fugindo, e vai ficando mais vazia a estrada...
É tanta a solidão que ela mesma se assombra,
e enquanto se afasta a luz que ainda me guia
quer fugir de meus pés a minha própria sombra!
(Poema de JG de Araujo Jorge extraído do livro"Os Mais Belos Poemas Que O Amor Inspirou"Vol. I - 1a edição 1965 ).
Estou estranhamente triste, talvez seja em virtude do meu aniversário... Não sei! Sinto um vazio no peito, uma ausência dolorida, como se eu não existisse... Não! Eu existo, tanto que estou sofrida!!!
Pensando melhor, estou como o niilismo de Nietzsch, pois sinto o declínio da minha história, recuso as minha convicções e afasto-me de valores e crenças pré-concebidas... Niilista Eu!