Os seres humanos passam os anos, os meses, as semanas, os dias, as horas, os minutos, os segundos e os centésimos de segundo da vida esperando pelo verdadeiro amor. Tal como dizia Drummond, "alguém teve a idéia de cortar o tempo em fatias" e este sábio deixou a humanidade mais feliz.
Mas, por que se espera um verdadeiro amor? Será que a resposta para a felicidade está no comportamento, ou melhor, na existência de alguém?
Ah, o amor! Passa-se a vida pensando tê-lo encontrado, os anos acreditando tê-lo abandonado, os meses sonhando por ter tido a chance de reencontrá-lo. Mas, então vêm as semanas, os dias, as horas, os segundos, os minutos, os centésimos... E passa-se mais uma vez a esperar...
Então, espera-se pela hora do almoço, do encontro após o expediente, da carona na condução, da mensagem no msn, do depoimento no orkut, da ligação ao telefone, do torpedo no celular, do e-mail com uma poesia... Depois, é gradativo, espera-se por um beijo correspondido, um abraço espontâneo, uma carícia com as mãos, um contato, um olhar, um sorriso, um afeto, um carinho, um talvez, um senão... E volta-se a esperar, porque encontros furtivos, palavras fortuitas e acasos vividos não completam ninguém.
Ninguém é capaz de completar alguém, porque esta lacuna na existência nada mais é do que a ausência de si mesmo e, em sendo assim, "estar ao" não significa "estar com". Fazendo com que esta ausência sentida, na busca da completude, abra um abismo no peito... Dói, sim! Não adianta mentir!
Há encontros e desencontros no decorrer da vida. Por isso, nesta lacônica existência, haverá sempre uma escolha: esperar ou desistir, pois "o bom de não se ter um relacionamento é não ter que esperar pela pessoa amada". Mas, o pior, é: "perder a esperança de amar por não saber esperar".
Escolha?
S.B.
Obs: a parte em vermelho é da minha amiga Carla... Intrometeu-se em minha reflexão, quanta ousadia... Risos. Mas, como estamos na geração do wikipedia, da escrita colaborativa e das tecnologias da informação, rendo-me à democracia e faço uma poesia "a quatro mãos"...
Beijos, Carla!