Este blog se destina a compartilhar cultura e conhecimento através da interação e do aprendizado mútuo.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora, a tomar café correndo porque está atrasado.
A gente se acostuma a ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo na viagem, a comer sanduíches porque não tem tempo para almoçar.
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios, a ligar a televisão e assistir comerciais.
A gente se acostuma a lutar para ganhar dinheiro, a ganhar menos do que precisa e a pagar mais do que as coisas valem.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não a das janelas ao redor.
A gente se acostuma a não abrir de todo as cortinas, e a medida que se acostuma, esquece o sol, o ar, a amplidão.
A gente se acostuma à poluição, à luz artificial de ligeiro tremor, ao choque que os olhos levam com a luz natural.
A gente se acostuma às bactérias da água potável, à morte lenta dos rios, à contaminação da água do mar.
A gente se acostuma à violência, e aceitando a violência, que haja número para os mortos. E, aceitando os números, aceita não haver a paz.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza para preservar a pele.
A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto se acostumar, se perde por si mesma.
A gente se acostuma, eu sei... mas não devia.
(Texto de Marina Colassanti)
terça-feira, 17 de julho de 2007
Precisa-se
“De
Precisa-se de
Precisa-se de
Precisa-se de
Precisa-se de
Precisa-se de
Precisa-se de
É na
Precisa-se de
Precisa-se
João Cabral de Melo
segunda-feira, 16 de julho de 2007
Em tudo, é necessário equilíbrio...Equilíbrio entre:
Ser alegre, e não exibido...
Ser sincero, e não machucar...
Ser firme nas idéias, e não arrogante...
Ser humilde, e não submisso...
Ser rápido, e não impreciso...
Ser contente, não complacente...
Ser despreocupado, e não descuidado...
Ser amoroso, e não apegado...
Ser pacífico, e não passivo...
Ser disciplinado, e não rígido...
Ser flexível, e não frouxo...
Ser comunicativo, e não exagerado...
Ser obediente, e não cego...
Ser doce, e não melado...
Ser moldável, e não tolo...
Ser introspectivo, e não enclausurado...
Ser determinado, e não teimoso...
Ser corajoso, e não agressivo...Em tudo, é necessário equilíbrio...
Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar
Hoje sei que isso tem nome...
Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, meu sofrimento emocional, na passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdade.
Hoje sei que isso é...
Autenticidade.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é respeito.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que isso é...
Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é...
Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes.
Hoje descobri a...
Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passa e de me preocupar com o futuro.
Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é...
Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é...
Saber viver.
“Não devemos ter medo dos confrontos... até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas.”
Em qualquer situação, boa ou ruim, de prosperidade ou de dificuldades, em que as emoções parecem dominar tudo o que fazemos, é importante que nos lembremos de que tudo é efêmero, de que tudo passará, de que é impossível perpetuarmos os momentos que vivemos, queiramos ou não, sejam eles escolhidos ou não.
Charles Chaplin