terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A vida


Carros a buzinar, faróis a piscar.
Nas ruas pessoas a gritar, bancos lotados.
Trabalhadores estressados.
Restaurantes, onde sequer se pode entrar.

De repente, no meio desse tumulto.
Surge uma personagem importante, com aparência inebriante.
Faz, tal como “magia”, da sua vida vazia,
Tornar-se algo emocionante.


Sentir-se gente e não número ou papel.
Acreditar, que ainda existem estrelas no céu.

Mas, passado o momento da nostalgia.

Sinto doer o “eu” no coração.
Nada do que pensei existia.
E que recorri à infância,

Convivendo no mundo com a imaginação.

Como gostaria de tudo alterar.
De ser uma criatura diferente,

Para nada das pessoas esperar.

Acreditar que fui “gente” e que signifiquei um presente,
Na difícil arte de se encontrar?


E, sentindo o vácuo pelo que idealizei verdadeiro,
Diante de tanta desigualdade.

Não quero me contaminar com realidade,
E, realmente, crer que houve cumplicidade.

Não pense que falo de amor ou de paixão.
Falo de camaradagem, afeto e comiseração.
Falo do Amor sublime, aquele que se sente,
Acima da racionalidade, da convivência e fantasia.
E que existe independente da frustração.

S. B.




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