Prefiro rosas, meu amor, à pátria,
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.
Logo que a vida me não canse, deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.
Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,
Se cada ano com a Primavera
As folhas aparecem
E com o Outono cessam?
E o resto, as outras coisas que os humanos
Acrescentam à vida,
Que me aumentam na alma?
Nada, salvo o desejo de indiferença
E a confiança mole
Na hora fugitiva.
Fernando Pessoa
2 comentários:
Oi linda!
Bj...
Boa semana!
Oi querida amiga, lembrei tanto de esses dias.. Coisas daquela palavra que odiamos nos últimos tempos... Tá difícil a vida na minha parte de mundo viu?
Te adoro querida!
P.S: Adoro Fernando Pessoa!!!
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