Este blog se destina a compartilhar cultura e conhecimento através da interação e do aprendizado mútuo.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Natal
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
Fernando Pessoa
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
6º Congresso da Pós-graduação em Letras da UERJ-São Gonçalo
S.B.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Consciência negra: identidade étnica
Sociedade e Cidadania - projetos integrados
CONSCIÊNCIA NEGRA - IDENTIDADE ÉTNICA
A diversidade cultural brasileira, uma reflexão sobre a inserção do negro na sociedade.
. 17/11, 14h - Oficina de culinária Afro-brasileira;
. 18/11, 9h - Contação de histórias com os Jovens Grits; 10h - Oficina de construção de instrumentos com Fabio Simões Grupo Calimbaria; 14h - Bate-Papo sobre Empoderamento e Ações Afirmativas, com Togo Yorubá, mestre em Comunicação e Cultura pela UFF, Silvia Bonini, mestre em Educação pela Unirio. Mediação de Rogério Cappelle, mestre em História da Religiosidade afro-brasileira pela UFF; 16h - Apresentação de capoeira, maculelê, roda e samba de roda - Instituto Zezeu de Capoeira e convidados;
. 19/11, 13h30 - Exibição do documentário Cor Revelada. Após a exibição, bate-papo com o historiador Rogério Cappelli;
. 21/11, 8h às 17h - Festival de Dança Solidária, com a Academia Twister;
. 28/11, 8h às 12h - Batizado de capoeira, com o Grupo Muzenza; 13h às 17h - Festival Infantil de Capoeira, com o Grupo Senzala; 15h - Samba de Roda, com Reconca Rio. Grátis. Sesc Niterói
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Sorriso amarelo!!!
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.
Fez da sua
Uma vida
Paralela a dela.
Até que se encontraram
No Infinito.
"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
- O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs -
Primos-entre-si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas senoidais.
Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclideanas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram se casar
Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma Perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.
E se casaram e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Freqüentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo.
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era a fração
Mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.
E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade
Como aliás, em qualquer
Sociedade.
Millor Fernandes
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Sobre a morte e o morrer
Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: “Morrer, que me importa? (…) O diabo é deixar de viver.” A vida é tão boa! Não quero ir embora…
Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: “Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?”. Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: “Não chore, que eu vou te abraçar…” Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.
Cecília Meireles sentia algo parecido: “E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega… O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias… Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto…”
Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. “Minha filha, sei que minha hora está chegando… Mas, que pena! A vida é tão boa…”
Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.
Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: “O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?”. O médico olhou-o com olhar severo e disse: “O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?”.
Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.
Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.
Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a “reverência pela vida” é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?
Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.
Muitos dos chamados “recursos heróicos” para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da “reverência pela vida”. Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: “Liberta-me”.
Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia: “Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei…”. Implorava que lhe dessem o direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.
Dizem as escrituras sagradas: “Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer”. A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A “reverência pela vida” exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a “morienterapia”, o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a “Pietà” de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.
Rubem Alves
sábado, 17 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
Não quero ser pessimista,
mas, como dizia Schopenhauper, viver é sofrer!
E o que as perdas significam?
Signifcam que, muitas vezes,
não temos uma relação mais profunda com as pessoas por medo!
Medo sim, medo da morte.
Um medo que não nos permite viver, sentir, aproximar, elogiar...
Tudo é efêmero.
Uma certeza tão angustiante, que inibe nossos projetos e relacionamentos.
Uma postura que não nos permite aproveitar as delícias da vida.
Não precisamos explicar a morte,
pois, a morte não se explica, ela é!
Como também não se explica o amor, ele brota.
Então, por que cultivamos o medo da morte e
não experimentamos livremente o amor?
Voltando a Schopenhauer,
a vontade humana é a fonte de todos os sofrimentos.
Acredito que nós escolhemos esse caminho,
ou seja, não viver porque iremos morrer.
Esqueça!
Como não temos o controle da morte,
não poderemos controlar a vida!
O importante é perceber que há escolha,
que nós criamos o nosso existir.
A morte não é o fim, mas um ponto de partida!
S.B.
sábado, 26 de setembro de 2009
"Não sejas demasiado justo"
"Essa encruzilhada simples entre o certo e o errado, entre o lado da vida e o da morte, só acontece nos textos de lógica". RUBEM ALVES
Será que existe um princípio ético absoluto que proíba todos os tipos de aborto? Ou será que o aborto não pode ser pensado "em geral", tendo de ser pensado "caso a caso"? Por exemplo: um feto sem cérebro. É certo que ele morrerá ao nascer. Esse não seria um caso para se permitir o aborto, para poupar a mulher do sofrimento de gerar uma coisa morta por nove meses?
Um dos debatedores era um teólogo católico. Como se sabe, a ética católica é a ética dos absolutos. Ela não discrimina abortos. Todos os abortos são iguais. Todos os abortos são assassinatos.
Terminando o debate, o teólogo concluiu com esta afirmação: "Nós ficamos com a vida!"
O mais contundente nessa afirmação está não naquilo que ela diz claramente, mas naquilo que ela diz sem dizer: "Nós ficamos com a vida. Os outros, que não concordam conosco, ficam com a morte..."
Mas eu não concordo com a posição teológica da igreja -sou favorável, por razões de amor, ao aborto de um feto sem cérebro- e sustento que o princípio ético supremo é a reverência pela vida.
Lembrei-me do filme a "Escolha de Sofia". Sofia, mãe com seus dois filhos, numa estação ferroviária da Alemanha nazista. Um trem aguardava aqueles que nele seriam embarcados para a morte nas câmaras de gás. O guarda que fazia a separação olha para Sofia e lhe diz: "Apenas um filho irá com você. O outro embarcará nesse trem..." E apontou para o trem da morte.
Já me imaginei vivendo essa situação: meus dois filhos -como os amo-, eu os seguro pela mão, seus olhos nos meus. A alternativa à minha frente é: ou morre um ou morrem os dois. Tenho de tomar a decisão. Se eu me recusasse a decidir pela morte de um, alegando que eu fico com a vida, os dois seriam embarcados no trem da morte... Qual deles escolherei para morrer? Acho que a ética do teólogo católico não ajudaria Sofia.
Você é médico, diretor de uma UTI que, naquele momento, está lotada, todos os leitos tomados, todos os recursos esgotados. Chega um acidentado grave que deve ser socorrido imediatamente para não morrer. Para aceitá-lo, um paciente deverá ser desligado das máquinas que o mantém vivo. Qual seria a sua decisão? Qual princípio ético o ajudaria na sua decisão? Qualquer que fosse a sua decisão, por causa dela uma pessoa morreria.
Lembro-me do incêndio do edifício Joelma. Na janela de um andar alto, via-se uma pessoa presa entre as chamas que se aproximavam e o vazio à sua frente. Em poucos minutos as chamas a transformariam numa fogueira. Para ela, o que significa dizer "eu fico com a vida"? Ela ficou com a vida: lançou-se para a morte.
Ah! Como seria simples se as situações da vida pudessem ser assim colocadas com tanta simplicidade: de um lado a vida e do outro a morte. Se assim fosse, seria fácil optar pela vida. Mas essa encruzilhada simples entre o certo e o errado só acontece nos textos de lógica. O escritor sagrado tinha consciência das armadilhas da justiça em excesso e escreveu: "Não sejas demasiado justo porque te destruirás a ti mesmo..."
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Defesa...
E, ainda, fez um almoço em minha homenagem em sua casa... Receber é algo especial, pois levamos para nossa casa aqueles que nós queremos bem e, também, "agregamos" os amigos dos nossos amigos, porque confiamos plenamente nas escolhas deles.
Também não posso esquecer do Isaías, que compareceu mas teve de ir embora porque a Banca atrasou... A Quézia, de repouso e felicíssima com o bebê... E a Gabrielle, que defendia no mesmo horário que eu...
Obrigada pela confiança!!!
Enfim, Mestre em Educação...
terça-feira, 25 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Ano triste
Nunca mais...
terça-feira, 28 de julho de 2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
O Bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(M. Bandeira)
Estou me tornando um bicho...
Sedenta, ávida e irracionável...
Remexendo meu lixo interior, sem sinestesia...
Anestesiada... Sombria...
S.B.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
sábado, 18 de julho de 2009
VERBOS NOVOS E HORRÍVEIS - Ricardo Freire*
Não aceito nada que pessoas, empresas ou organizações me disponibilizem.
É uma questão de princípios.
Se você me oferecer, me der, me vender, me emprestar, talvez eu venha a topar.
Até mesmo se você tornar disponível, quem sabe, eu aceite.
Mas, se você insistir em disponibilizar, nada feito.
Caso você esteja contando comigo para operacionalizar algo, vou dizendo desde de já: pode ir tirando seu cavalinho da chuva. Eu não operacionalizo nada para ninguém.
Nem compactuo com quem operacionalize.
Se você quiser, eu monto, eu realizo, eu aplico, eu ponho em operação.
Se você pedir com jeitinho, eu até implemento.
Mas operacionalizar, jamais.
O quê? Você quer que eu agilize isso para você?
Lamento, mas eu não sei agilizar nada. Nunca agilizei. Está lá no meu currículo: faço tudo, menos agilizar.
Precisando, eu apresso, eu priorizo, eu ponho na frente, eu dou um gás.
Mas agilizar, desculpe, não posso, acho que matei essa aula.
Outro dia mesmo queriam reinicializar meu computador.
Só por cima do meu cadáver virtual.
Prefiro comprar um computador novo a reinicializar o antigo.
Até porque eu desconfio que o problema não seja assim tão grave.
Em vez de reinicializar, talvez seja o caso de simplesmente reiniciar, e pronto.
Por falar nisso, é bom que você saiba que eu parei de utilizar. Assim, sem mais nem menos.
Eu sei, é uma atitude um tanto radical da minha parte, mas eu não utilizo mais nada.
Tenho consciência de que a cada dia que passa mais e mais pessoas estão utilizando, mas eu parei. Não utilizo mais.
Agora só uso. E recomendo.
Se você soubesse como é mais elegante, também deixaria de utilizar e passaria a usar.
Sim, estou me associando à campanha nacional contra os verbos que acabam em "ilizar".
Se nada for feito, daqui a pouco eles serão mais numerosos do que os terminados simplesmente em "ar".
Todos os dias, os maus tradutores de livros de marketing e administração disponibilizam mais e mais termos infelizes, que imediatamente são operacionalizados pela mídia, reinicializando palavras que já existiam e eram perfeitamente claras e eufônicas.
A doença está tão disseminada que muitos verbos honestos, com currículo de ótimos serviços prestados, estão a ponto de cair em desgraça entre pessoas de ouvidos sensíveis.
Depois que você fica alérgico a disponibilizar, como vai admitir, digamos, "viabilizar"?
É triste demorar tanto tempo para a gente se dar conta de que "desincompatibilizar" sempre foi um palavrão.
Precisamos reparabilizar nessas palavras que o pessoal inventabiliza só para complicabilizar.
Caso contrário, daqui a pouco, nossos filhos vão pensabilizar que o certo é ficar se expressabilizando dessa maneira.
Já posso até ouvir as reclamações: "Você não vai me impedibilizar de falabilizar do jeito que eu bem quilibiliser".
Problema seu. Me inclua fora dessa.
*Ricardo Freire (Porto Alegre, 1963) é um publicitário brasileiro. Trabalhou, entre outras, na W/Brasil e na Talent (onde criou o bordão "Não é assim nenhuma Brastemp"). É autor de livros. Escreve a coluna Xongas para a revista Época.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Histedbr 2009
terça-feira, 7 de julho de 2009
Aos que ficaram...
A vida é um coquetel de decisões, escolhas e pensamentos que determinarão nossa liberdade. Nossos estados de ânimo não são só sensasões, mas decisões que estabelecemos a cada momento. Os acontecimentos podem ser determinantes na hora de estarmos bem ou não, mas não deixam de ser consequências de decisões que tomamos em um estado de liberdade de escolha.
..................................................
Só quando você puder se ajudar, estará em condições de ajudar os outros. Necessita ser o dono de seu mundo emocional. Seu bem estar não dependerá do tratamento que receber dos outros, mas do que você souber dar.
.................................................
Não permitamos que os outros sejam formadores de nossas emoções! Não lhes outorguemos tal poder! Hoje, mais do que nunca, você merece ser feliz!
(Stemateas, Bernardo. Gente Tóxica: como lidar com pessoas difíceis e não ser dominados por elas. Rio de Janeiro, Tomas Nelson Brasil, 2009.)
Penso que existe uma época de descontrole em nossas vidas. E, quando digo “nossas vidas” estou me referindo às pessoas que me cercam: amigos, familiares, amigos dos amigos, parentes dos amigos, parentes dos parentes... Enfim, todos com quem me relaciono!!!!
Ano complicado este!!!Tempos difíceis!!! Lembro daquele filme “Quatro casamentos e um funeral”! Ocorre que, nas minhas relações pessoais, está mais para “Um casamento e quatro funerais”. Quantas perdas irreparáveis ocasionadas pela violência de trânsito, do cotidiano, das doenças... Perdas e perdas... Foram-se pais, irmãos, amigos, conhecidos... Quantas lágrimas, quanta saudade, quantas mudanças em poucos meses...
Contudo, a “reclamação” só produz insatisfação. Os maus momentos fazem parte da vida e não podemos permitir que a crise nos impeça de prosseguir. devemos ter paciência até obter o discernimento necessário para enfrentar o imprevisível e seguir o ritmo normal da vida, superando o dia a dia, pois, somente o tempo será capaz de tornar tudo diferente e amenizar as dores...
E, principalmente, voltar o olhar para as pessoas que amamos, que ficaram e que nos querem bem...
S.B.
sábado, 27 de junho de 2009
Amor: hoje, doce
Perigoso e sobretudo, irreal;
Vem com farsa de bondade, um rival.
O amor é como nuvem
Carregada sobre as terras no sertão;
Flui com força desvairada, sem perdão.
Seu início faz a gente
Não querer o seu fim;
Vem o tempo e nos convence:
Seu iníco é que é o fim...
E depois é como se nada houvesse!
É, o amor é como um doce,
Doce doce demais.
Este poema é do Prof. Dr. Mário Botelho, retirado do seu livro "Sem resposta"... Enfim, não há resposta mesmo, pois a letra diz tudo... "Doce doce demais"
terça-feira, 23 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Onde você coloca a vírgula?
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.
Fonte: Orkut Nelza Borba
sábado, 20 de junho de 2009
Matemática do Amor
segunda-feira, 15 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Comemoração do meu aniversário
Mas, infelizmente, também foi um dia em que perdi um pouco da confiança nas pessoas... Fim de noite amargo!
Mas, como nem tudo está perdido... No dia 08, minha amiga Norma (na primeira foto com o marido) fez um almoço em sua casa só para nós duas... Eu fiquei muito emocionada com tanto afeto e carinho.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
DEFICIÊNCIAS
"A amizade é um amor que nunca morre. "
terça-feira, 9 de junho de 2009
Aos que passaram pela minha vida!
Mas, o problema de falar demais é o fato de não nos escutarmos... Ou seja, escutar o coração, que, de tão dolorido, só emite sussurros, sendo preciso muita paciência e atenção para entendê-lo.
Porém, mais grave ainda são os nossos atos. Você entende de um jeito aquilo que você "ouviu" no entroncamento da sua fala, por exemplo: deixe quieto! E você grita. Precisa de paz! E você se transforma em uma fera. Precisa de carinho! E você – que está com raiva da situação, dos outros e de si –, vira um algoz! Só que um Algoz da sua própria felicidade...
E depois? Depois vem a dor desta sabotagem. Claro! Toda ação, tem uma reação, uma causa e uma consequência; e a cada estímulo uma resposta (positiva ou negativa)...
Se estivermos sensatos, ouviremos e responderemos com sensatez, caso contrário, todos os nossos atos serão insanos. Mas, entendam: os atos serão insensatos, porém, não menos refletidos, pois eles voltam tal qual um boomerang! Destilou veneno, vociferou grosserias, atormentou o silêncio? Lamento... Vai sofrer a sua dor e também a dor de ter agido assim.
Ah! Nós, seres mortais, como desperdiçamos felicidade em troca de respostas; como amargamos dores sentidas pelo que não nos aconteceu; como vivemos a vida, as escolhas e as emoções dos outros, em busca de nós mesmos; como, em vez de vivermos o momento, lutamos contra um futuro que nem sabemos se vai acontecer.
Agora, neste desabafo nostálgico, quero aproveitar e me desculpar! Sim, pedir desculpas a mim! Pelos amores que não vivi, as brigas que criei, as amizades que perdi, as pessoas que deixei, escolhas que não fiz e as que fiz sem poder, os inimigos que ouvi, os amigos que ignorei, os sonhos que acordei, a sinceridade que magoou, a mentira que floresceu, as saudades que plantei, os momentos que fingi, os tapas que dei (e também os que senti). E, mais ainda, pelos momentos que falei, quando deveria calar; e aqueles que calei, quando deveria gritar. Finalmente, lamento por não ter sabido pedir ajuda!
S.B
segunda-feira, 8 de junho de 2009
A PIOR SOLIDÃO
Aquele que sempre enganou
E o seu amor não convence
A quem diz que se apaixonou.
A pior solidão é aquela
Em que o coração fica vazio
É preciso usar de cautela
Com um conquistador vadio.
A pior solidão machuca
Aquele que sabe fingir
Sua mente deve estar maluca
Por isso quer alguém atingir.
A pior solidão alcança
A alma de quem a usa
Na mentira ele afiança
Que seu amor é uma musa.
Nenhuma desta solidão
Fazem parte de minha vida
Já até rasquei a certidão
Onde se lia a palavra querida.
Desejo que ela faça parte
Sempre de sua jornada
De ti ela nunca se aparte
Siga contido por toda a estrada.
Publicado no site: O Melhor da Web em 17/11/2008
Código do Texto: 5455
Fonte: http://www.omelhordaweb.com.br/poesias/pagina_textos_autor.php?cdPoesia=5455&cdEscritor=171&cdTipoPoesia=&TipoPoesia=&rdBusca=&tbTxBusca
(ANGELICA DA SILVA ARANTES )
domingo, 7 de junho de 2009
Esperar
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Sozinho
Hei de ser sempre só... já não sei querer bem...
- depois que me prendi no amor... fui desprezado,
e hoje quero ser livre e não amar ninguém...
Começo um novo mundo. É estranho o meu passado,
e sigo para frente, olhos fitos no além...
- Sem ter o que buscar, eu mesmo, desolado,
muita vez me pergunto: - a quem procuro? a quem?
Felizmente estou só... e ninguém me diz nada...
- há apenas uma luz na distância vazia
fugindo, e vai ficando mais vazia a estrada...
É tanta a solidão que ela mesma se assombra,
e enquanto se afasta a luz que ainda me guia
quer fugir de meus pés a minha própria sombra!
(Poema de JG de Araujo Jorge extraído do livro"Os Mais Belos Poemas Que O Amor Inspirou"Vol. I - 1a edição 1965 ).
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...
domingo, 31 de maio de 2009
sábado, 30 de maio de 2009
Ser mãe
quarta-feira, 27 de maio de 2009
A Mentira Está em Ti
Aí à beira da estrada,
Que te diz o vento que passa?"
"Que é vento, e que passa,
E que já passou antes,
E que passará depois.
E a ti o que te diz?"
"Muita cousa mais do que isso.
Fala-me de muitas outras cousas.
De memórias e de saudades
E de cousas que nunca foram."
"Nunca ouviste passar o vento.
O vento só fala do vento.
O que lhe ouviste foi mentira,
E a mentira está em ti."
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema X" Heterónimo de Fernando Pessoa
domingo, 24 de maio de 2009
I did it my way
Lembro da música, cantada por Sinatra, "My Way". Sofri sim, but I did it my way...
Fácil e difícil
Falar é fácil, quando se tem em mente, as palavras que expressem sua opinião. Difícil é expressar por gestos e atitudes, o que realmente queremos dizer.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ela deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre ela. Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar. Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar. Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Fácil é dizer "oi", ou "como vai ?". Difícil é dizer "adeus".
Fácil é ouvir a música que toca. Difícil é ouvir a própria consciência.
Fácil é perguntar o que deseja saber. Difícil é estar preparado para escutar esta resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade. Difícil é sorrir com vontade de chorar ou vice-versa.
Fácil é beijar. Difícil é entregar a alma!
Fácil é ditar regras. Difícil é seguí-las.
Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho.
Fácil é exibir sua vitória a todos. Difícil é assumir a sua derrota com dignidade.
Fácil é viver o presente. Difícil é se desvencilhar do passado.
Fácil é tropeçar em uma pedra. Difícil é levantar de uma queda, todo machucado.
Fácil é desfrutar a vida a cada dia. Difícil é dar o verdadeiro valor a ela.
Fácil para alguém, mas extremamente difícil para mim!
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Brasil?
quarta-feira, 6 de maio de 2009
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinicius de Moraes)
domingo, 3 de maio de 2009
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Liberdade
Qualquer dia eu pego a estrada
Sem destino, sem parada
Peito aberto, chuva ou sol
De noite ou madrugada.
Vou por onde o vento me tocar
Vou soltar as asas pra voar
Liberdade, liberdade pra sonhar.
Solidão não vai impedir
Tenho mil razões para sorrir
Liberdade, liberdade pra seguir
Os sonhos que sonhei pra mim.
Sonhei, assim ninguém sonhou, sonhei
Como ninguém amou, amei, amei, amei
segunda-feira, 27 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
Quando estou só reconheço
Se por momentos me esqueço
Que existo entre outros que são
Como eu sós, salvo que estão
Alheados desde o começo.
E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.
Creio contudo que a vida
Devidamente entendida
É toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
Como por cousa esquecida.
Fernando Pessoa
terça-feira, 21 de abril de 2009
II Simpósio de Estudos Filológicos e Linguísticos.
O Simpósio foi realizado pelo Grupo CIFEFIL na Faculdade CCAA, de 01 a 04 de abril.
Confesso que este ano estou devagar com os trabalhos acadêmicos, pois a dissertação está me ocupando muito...
O trabalho está na página do CIFEFIL: http://www.filologia.org.br/.
S.B.
Pesquisa para uma dissertação de mestrado.
O que você entende por ações afirmativas? E se você é contra ou a favor, justificando?
Preciso de respostas objetivas, em poucas linhas (cinco, no máximo), constando as seguintes informações:
Estado e cidade onde reside:
Profissão:
Grau de instrução:
Cor (que você se classifica):
Não se preocupem, pois não haverá identificação das informações. Só preciso de uma estatística com as opiniões e os argumentos de vários segmentos da sociedade, para referendá-los ou contestá-los.
Desde já, agradeço a ajuda.
Correção
http://www.francinebittencourt.blogspot.com/
Peço desculpas!
Silvia
quarta-feira, 1 de abril de 2009
A Verdade Sobre Romeu e Julieta
por Luis Fernando Veríssimo
Sabem porque Romeu e Julieta são ícones do amor?
São falados e lembrados,
atravessaram os séculos incólumes no tempo, se instalando
no mundo de hoje como casal modelo de amor eterno?
Porque morreram e não tiveram tempo
de passar pelas adversidades que
os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora.
Senão provavelmente
Romeu estaria hoje com a Manoela e Julieta com o Ricardão.
Romeu nunca traiu a Julieta numa balada com uma loira linda e
siliconada motivado pelo impulso do álcool.
Julieta nunca ficou 5 horas seguidas esperando Romeu, fumando um
cigarro atrás do outro, ligando incessantemente para o celular dele
que estava desligado.
Romeu não disse para Julieta que a amava,
que ela especial e depois
sumiu por semanas.
Julieta não teve a oportunidade de mostrar para ele
o quanto ficava insuportável na TPM.
Romeu não saia sexta feira a noite para jogar futebol com os amigos e
só voltava as 6:00 da manhã bêbado e com um sutiã perdido no meio da
jaqueta que não era da Julieta).
Julieta não teve filhos, engordou,
ficou cheia de estrias e celulite e histérica
com muita coisa parafazer.
Romeu não disse para Julieta que precisava de um tempo,
que estava confuso, querendo na verdade curtir a vida
e que ainda era muito novo
para se envolver definitivamente com alguém.
Julieta não tinha um ex-namorado
em quem ela sempre pensava ficando por horas distante,
deixando Romeu com a pulga atrás da orelha.
Romeu nunca deixou de mandar flores para Julieta no dia dos namorados
alegando estar sem dinheiro.
Julieta nunca tomou um porre fenomenal e
num momento de descontrole bateu na cara do Romeu
no meio de um barlotado.
Romeu nunca duvidou da virgindade da Julieta.
Julieta nunca ficou como melhor amigo de Romeu.
Romeu nunca foi numa despedida de solteiro com os amigos num prostíbulo.
Julieta nunca teve uma crise de ciúme
achando que Romeu estava dando mole para uma amiga dela.
Romeu nunca disse para Julieta que na verdade
só queria sexo e não um relacionamento sério,
ela deve ter confundido as coisas.
Julieta nunca cortou dois dedos de cabelo
e depois teve uma crise porque Romeu não
percebeu a mudança.
Romeu não tinha uma ex-mulher que infernizava a vida da Julieta.
Julieta nunca disse que estava com dor de cabeça
e virou para o lado e dormiu.
Romeu nunca chegou para buscar a Julieta com uma camisa xadrez
horrível de manga curta e um sapato para lá de ultrapassado,
deixando-a sem saber onde enfiar a cara de vergonha...
Por essas e por outras que eles morreram se amando...
Risos...
Coisas da modernidade!!!
terça-feira, 31 de março de 2009
Minha formatura em Letras
Cerimônia oficial de Colação de Grau - Scala Rio dia 16 de março de 2009.
Meu marido, Sergio.
Minha amiga Lúcia e nossos filhos.
Os Mestres, Nataniel Gomes e Fátima Helena:
Minha família!
Meus pais!
Meus amigos! Cláudia Nunes, Maria José, Leila, Carla, Shirley e Elaine.