terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Natal

O sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.

E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.

Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.

A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.

Fernando Pessoa

Um comentário:

Plenitude do Ser disse...

Boa tarde amiga!!! Como vc tá animada!!! Coisa boa!!! Vc já está concorrendo ao livro. Guarde seu número para sorteio "07". Boa sorte amiga!!!!!