quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Vou explicar:

A plenitude dos sentimentalismo e das paixões atingiu seu ápice na Segunda Geração do Romantismo. Autores, entre eles Álvares de Azevedo, influenciados pelos românticos europeus, como Byron e Musset, representam o Ultra-Romantismo ou “Mal-do-Século”, caracterizado por uma poesia melancólica e sentimental, expressão do pessimismo e da descrença na sociedade.
Diante do tédio pela vida e de uma obsessão pela morte, a poesia desta geração tem cunho egocêntrico e demonstra as tristezas e as frustrações destes poetas, que não encontravam lugar neste mundo...
Como eu sempre digo aos meus amigos: "pensar dói, ser dói...", eis o exemplo caracterizado em toda uma geração.
Imitação

O tempo alegre corria
Da infância nos anos meus;
O céu azul me sorria;
Que esperança, oh meu Deus!
Via uma verde campina,
Nele uma flor peregrina;
Tinha uma crença querida,
Sonhava glórias brilhantes,
No porvir da minha vida.

Dias de gozo e ventura,
Manhãs de purpúrea cor,
Tardes de elísia doçura,
Noites de ameno frescor;
O sol doirado fulgindo;
A lua argêntea luzindo;
Tudo, tudo prometia
Alegrias amorosas;
Canções do céu tão mimosas!
Tudo, tudo repetia.

Haver pensara no mundo
Uma sincera afeição
Amor leal e profundo,
Santo amor do coração;
Sonhava fruir delícias,
Ternas e meigas carícias;
Mulheres belas gozar,
Mais belas que a do Profeta,
Puro amor como o de poeta
Rendido lhes consagrar.


Álvares de Azevedo

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi querida, como está? Não sei oq está acontecendo com meu e-mail, recebi uma msg e instalou um vírus no mjeu notebook... :( Saudades de vc viu?
Bjs

Rodrigo Neves disse...

Olá!
Como andam os estudos?
Um abração,

Rodrigo