A lagartixa ao sol ardente vive
E fazendo verão o corpo espicha:
O clarão de teus olhos me dá vida,
Tu és o sol e eu sou a lagartixa.
Amo-te como o vinho e como o sono,
Tu és meu copo e amoroso leito...
Mas teu néctar de amor jamais se esgota,
Travesseiro não há como teu peito.
Posso agora viver: para coroas
Não preciso no prado colher flores;
Engrinaldo melhor minha fronte
Nas rosas mais gentis de teus amores.
Vale tudo um harém a minha bela,
Em fazer-me ditoso ela capricha...
Vivo ao sol de seus olhos namorados,
Como ao sol de verão a lagartixa.
Álvares de Azevedo.
Ganhei vários livros de presente ontem,
um deles foi "Poemas Escolhidos" de Álvares de Azevedo.
Esta poesia estava contida neste livro,
presente de um AMIGO incomparável...
Um amigo parecido comigo,
que sofre por não se sentir inserido neste mundo,
que não compreende por que pessoas vem e vão,
sem explicar a razão.
Que se doa, sem esperar nada em troca, além
de um telefonema ou de um tchau...
Que tenta justificar as atitudes alheias,
através de seus próprios atos...
Álvares de Azevedo também se sentia assim...
Como nada na vida é por acaso, acredito que
este livro veio para mim por algum motivo...
Nem que seja para eu ficar exposta ao sol!!!!
Silvia Bonini.
2 comentários:
Eu sei que nada acontece por acaso, pq será q nos conhecemos então? rsrsrsrsrs A vida é perfeita! Um beijo querida amiga!
Oi silvia!
Voltei para dar um espiada em seu blog!
Não a nada melhor q ganhar de presente um livro!
Adorei O Poema de Álvares de Azavedo!
Um grande abraço!
Luiz fernando.
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